Pastor batista
Romper com um passado que foi, muita vez, de realizações e
vitórias com as bênçãos de Deus não é uma atitude que se toma a qualquer tempo.
O passado da denominação batista, e por extensão, de outras tantas denominações
sérias, foi coroado de muitas boas intenções e realizações, baseadas na bendita
Palavra de Deus.
Infelizmente
criou-se uma estrutura humana ao lado do Reino. A estas estruturas denomino
hoje de: MONSTRO AUTOFÁGICO DE SETE CABEÇAS. Parece uma designação
difícil, porém expressa não um passado glorioso, mas uma realidade cruel que se
tornou. É um monstro porque não conseguimos mais controlá-lo. É autofágico
porque estão destruindo tudo o que de bom foi construído ao longo dos anos e
dos séculos. As sete cabeças são as diversas manifestações deste monstro
através de juntas, escritórios, personalidades, instituições, organizações,
etc. Ama-se muito este monstro ainda hoje. Muito mais do que a igreja local, o
Reino e o próprio Senhor do Reino. Muitos substituem o Reino e o Corpo de
Cristo, para servir a estas estruturas falidas.
Deixo
uma pergunta: Se este monstro, ou, qualquer uma de suas cabeças, desaparecer,
que falta fará para sua igreja local?
Minha
resposta: Nenhuma. Não faz nenhuma falta mais. Não faz mais nenhum sentido. E
parafraseando um pastor: “está atrapalhando”, e muito, “as igrejas”. Estamos
queimando preciosos recursos, humanos e materiais, para alimentar orgulhos
pessoais de alguns que, nem certeza de sua salvação têm.
Assim
como Cristo escreveu à igreja de Éfeso, é preciso “voltar ao primeiro amor”, é
preciso “praticar as primeiras obras”. Há muito que aprender com atitudes e
experiências do passado e é isto que estamos perseguindo. Voltando ao que já
deu certo. Voltando às verdadeiras práticas cristãs. Voltando à teologia
bíblica. Voltando ao primeiro amor.
A
igreja inventou a terceirização! Terceirizamos a evangelização do próximo
criando juntas e outras estruturas e transferindo a responsabilidade para um
missionário, pagando uma “merreca”, com ofertas eventuais e nos enganando dizendo
que estamos fazendo missões. Queremos bons obreiros, mas transferimos a
responsabilidade para os seminários enviando, muita vez, pessoas mal formadas
no seu caráter, desejando que voltem transformadas e transformadoras.
Terceirizamos a ação social cristã, terceirizamos a responsabilidade de
testemunhar para o pastor e os líderes, ... terceirizamos. E nos acomodamos!
Hoje
um seminário funciona melhor se estiver atrelado a uma igreja local. Próximo a
quem envia e trabalhando junto a quem verdadeiramente trabalha, o aprendizado é
muito mais eficaz. Discipulado, mentoria e capacitação!
A
base de tudo? A bendita Palavra de Deus. A Bíblia, tão desprezada e mal
interpretada nestes últimos tempos!
Queremos
e carecemos, urgentemente, de homens e mulheres da Palavra.
É
o suficiente!
* Pr. Marcos Machado é atualmente o diretor geral do STBNM.
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